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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A canção de amor que você pediu


Rabiscava no pequeno pedaço de papel, versos estranhos, procurando o segredo, procurando e escolhendo cuidadosamente as palavras, para que não se misturassem a mágoas, para que não se juntassem à raiva, e também não brincassem com a melancolia que deixei dentro da gaveta.
E você silenciosamente quase gritando em meus ouvidos, eu não consigo trabalhar assim, me deixe descansar e assim fazer meu trabalho, deixe-me relaxar e assim posso ficar tensa à vontade, então, esperando você, perambulando pela cidade, pelas ruas molhadas, pelas calçadas umidas, deitado no chão, esperando a chuva cair.
Não me pergunte por que, a culpa não é minha, espere mais um pouco, as linhas não se moldam a mim, mas a culpa também não é minha. Mas se você quiser, eu espero você chegar, pra sentar do meu lado, pra pegar o violão, pra dizer o que tá errado, pra dizer o que você quer, pra parar de me ignorar, ou pra prestar atenção no que eu estou escrevendo. Mas eu gosto de você.

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